segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Neve, luz...

... e muito calor humano! Assim passei, muito feliz, o Natal de 2009!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Um Natal com muita neve!


Ontem viajamos mais de 600 km, da Galícia (noroeste da Espanha) a Madri, 200 dos quais com essa paisagem (as fotos foram tiradas de dentro do carro).
Quando chegamos, pensei em voz alta:
"Saímos da Galícia e chegamos a Madri, passando pela Lapônia".
Tenho certeza de que papai Noel estava por ali, terminando de encher os seus inúmeros sacos de presentes...
Desejo a todos os amigos do Serafinices um Natal cheio de paz e amor!

sábado, 19 de dezembro de 2009

Aperitivo natalino


Fazia 7 graus negativos!!! E eu tiritava de frio e alegria!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Pausa para renovar

Preciso de férias! Não do trabalho, propriamente dito, para mim, uma verdadeira fonte de prazer, mas da rotina, isso sim. Mesmo que se aproxime da "ideal" (se é que se pode falar em rotina ideal), ela acaba gerando cansaço, desgaste, impaciência, irritabilidade, insatisfação...
Renovar é absolutamente necessário. Renovar sempre, recriar, reinventar, reviver.
Hoje à tarde começo a sair da rotina. Por essa razão, não vou conversar com vocês com tanta frequência, como normalmente acontece, pelo simples motivo de que não terei a todo momento um computador à minha disposição. Não fosse isso...
Já estou sentindo saudade... Mas vai ser por pouco tempo.
Mais uma vez, um ótimo fim de ano a todos e ... até breve!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Feliz Ano Novo!!!

Em 2010... entre com os dois pés!
Acerte o passo
Abra caminho
Depois entre no compasso
Estreite todos os laços
Respire fundo
E vá correndo para o abraço!
Muita saúde, muito amor, muitos beijos e abraços! Demonstre seu carinho a todos os que lhe são caros!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Serafina, Catarina e Joana Banana

Vou deixar aqui registrado o link que vocês podem acessar para curtir um pouco mais da Serafina, desta vez, acompanhada da Catarina Malagueta e da Joana Banana.
Eu, é claro e claríssimo, adorei!


www.youtube.com/watch?v=a-SbnNM8Qw4

Eu gostaria muito de compartilhar minha emoção com vocês!

Acerola vermelhinha...




... para a alegria dos passarinhos! E minha, também, claro!
Só não tirei mais fotos porque o tempo não colaborou.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Observação

Na postagem anterior, quando mencionei "as duas últimas postagens" do blog citado, simplesmente ignorei o fato de que a qualquer momento o FW Acontece pode ser atualizado.
Assim, quero deixar registrados aqui o título das duas postagens realizadas no dia 4 de dezembro, sexta-feira passada, que têm a nossa Serafina como protagonista:

GIF's da obra Serafina, primeiras histórias

Serafina e uma História de Natal

Peço desculpas pelo descuido.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Você gosta da Serafina?

Se a resposta for afirmativa, entre no blog
www.fwacontece.blogspot.com
e curta as duas últimas postagens que têm a nossa menina como protagonista!!!
Tentei de todas as formas, mas não consegui postá-las diretamente no Serafinices.
Eu adoreeeeeei! Espero que vocês também gostem!

sábado, 5 de dezembro de 2009

"Fuxicar" é fácil!

A árvore de Natal do nosso cartão foi feita com fuxicos. Se você quer aproveitar a idéia, mas não sabe fazer fuxicos, é só olhar bem para as ilustrações e ler as instruções que vêm a seguir.

Você pode usar como molde a boca redondinha de uma xícara de café, por exemplo. Coloque-a sobre uma folha de papel sulfite, passe um lápis em volta da circunferência e recorte-a.
Esse molde de papel servirá para você riscar a base dos fuxicos em um pedaço de tecido, algum retalho que sua mãe tenha em casa.

O passo seguinte é recortar todos os círculos marcados com o lápis. A quantidade de fuxicos vai depender do tamanho de sua árvore.
Depois que tiver todos os círculos prontos, prepare agulha e linha fina para fazer um alinhavo miúdo em toda a volta da circunferência.
Em seguida, puxe a linha, ainda na agulha, com muito cuidado para não arrebentar, e vá ajeitando o franzido segurando o miolinho do fuxico com o polegar. Dê uns pontinhos para segurar o alinhavo e arremate, cortando a linha com uma tesoura.

Dependendo do tipo de tecido, o miolo pode ficar um pouco desfiado. Não se preocupe: é só usar um botão de camisa, algumas miçangas ou qualquer outro enfeitinho que possa ser costurado ou colado bem em cima do miolo do seu fuxico. Vai ficar lindo, tenho certeza!
Boa sorte!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Cartão de Natal







Artesanal!!! Serafina deu a idéia -- e os palpites, claro -- mas o corta, recorta, cola e enfeita couberam a estas mãos que agora escrevem a mensagem.

Mas não queremos ficar só nisso, não... Estamos lançando hoje, 4 de dezembro de 2009, uma campanha pelo resgate do abandonado cartão postal, aquele que, mesmo não sendo artesanal, tem que ser escrito com letra manuscrita, especialmente para aquele amigo, e enviado pelo correio!

Nós duas vamos fazer a nossa parte. Se você deseja receber um em sua casa, clique no texto visualizar meu perfil completo, que vem abaixo da foto, e espere um pouco para clicar, em seguida, na palavra e-mail, que vem escrita abaixo da palavra contato.
Daí é só me mandar seu nome e endereço completo (não vá esquecer o CEP), e esperar a visita do carteiro. Se não der para chegar antes do Natal, chegará no mês de janeiro, pois ainda vamos confeccionar um outro, especial para o Ano Novo.
Participe! É uma delícia "blogar", participar de sites de relacionamento, mandar e receber e-mail, mas este tipo de troca que estamos propondo tem um sabor todo especial, você vai sentir!

Convite à reflexão

"Quem bate para ensinar só ensina a bater!"

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

O ninho do sanhaço

Acabo de descobrir o ninho! E sei a quem pertence porque vi um sanhaço saindo desse espaçozinho seguro que encontrou entre os ramos do jasmineiro e as asas da borboleta que enfeita a parede e ajuda a sustentar a trepadeira. Outra surpresa, mais uma emoção que a natureza me reservou para esta tarde quentíssima de novembro.
E fico aqui pensando e me perguntando... Por que engaiolar os passarinhos, se eles naturalmente se aproximam quando sentem que o ambiente não lhes é hostil? Por quê?!?

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Pétalas de saudade

A muda desta roseira veio do quintal da casa das tias. Uma lembrança viva das velhinhas tão queridas! Saudade, muita saudade!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Meu pé de acerola







Vingou!!! Finalmente posso ver meu pezinho de acerola cheio de flores miudinhas e frutas do mesmo tamanho! Confesso que já estava bastante desapontada. Mais de 2 anos e meu arbustinho não ia para frente!
Hoje mudei de lugar o vaso de barro em que ele foi plantado, para dar mais espaço aos seus galhos. Na jardineira ao lado estão meus pés de tomate-cereja e, atrás, minha bananeira-musa (é o nome da espécie), que só enfeita e dá sombra, não dá cachos.
Sabem de uma coisa? Eu nunca pensei que a natureza fosse se tornar, nesta altura da vida, uma eterna fonte de emoções, que se renova dia a dia, ainda que com o mesmo "milagre" e o mesmo "santo"...
Semear, cuidar, regar, ver brotar, crescer, florescer, frutificar...
É o ciclo da vida que também se renova dentro de mim!




terça-feira, 17 de novembro de 2009

Serafina em Porto Alegre


Durante os 15 dias da já consagrada Feira do Livro de Porto Alegre, Serafina esteve presente no estande da Editora Ática, prestigiando o evento e me representando. Segundo notícias que acabo de receber, ela fez muito sucesso junto aos seus leitores e ao público, em geral. Saiu até na Galeria de Fotos da Feira!
Essa menina só me dá alegria e me faz muito feliz há quase 30 anos!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O porto seguro


Minha Nina Sereia

Eu não sabia que tinha uma sereia em casa... Nestes dias de calor insuportável, Nina revelou uma paixão desmedida pela água! Chega a chorar quando demora um pouco para entrar na piscina.
E depois nada com uma elegância admirável! Só movimenta as patinhas de trás e chega aos meus braços sem espirrar água para todos os lados. Mais um motivo para encher meu coração de amor e orgulho!
Ainda bem que não sou uma mãe-coruja. Imaginem se eu fosse...

sábado, 14 de novembro de 2009

A história de Chico Rosa (final)

O que mais gosto de fazer à noite?

Nas noites de lua cheia gosto de voar até o melhor galho da árvore mais alta para poder me sentir mais perto "dela".

Nas noites de lua minguante gosto de voar até o galinheiro para acordar o Galo Prado que, como já está velhinho, sempre dorme demais e corre o risco de não cantar seu canto da madrugada, o mais importante, pois é o despertador da fazenda. Uma vez, no inverno, como ele estava gripado e rouco, fiquei com pena de acordá-lo e acabei cantando no seu lugar, pode acreditar!
E juro que ninguém notou a diferença...

Agora só falta falar das coisas de que não gosto. Sabe quais são?

Chuva em noite de lua cheia, é óbvio!
Sexta-feira, 13, em noite de lua cheia! Sempre aparece algum gato miando ou algum cachorro uivando para atrapalhar o meu "namoro"...
Zoada (principalmente quando tem latidos) na hora do meu soninho da tarde. Não há nada que me deixe mais mal-humorado.

Agora, só para terminar, quer saber qual é o meu maior sonho?
Ser levado por um astronauta em uma viagem de foguete até a Lua! Ia ser a maior glória!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

E continua a história...

Parei no "depois...", não foi?
Bem, você já sabe que adoro a noite. Mas ainda não sabe o que mais gosto da noite.
O que é, o que é? Quero ver quem adivinha!

Não é de ouro, nem do Louro, quem me dera...

Nem é de cobre, só do rico ou só do pobre.

É de prata, é puro brilho, sim senhor!

É de todos os que conhecem

a linguagem do amor...


O que é, o que é? A lua claro! Morro de amor por ela, principalmente quando fica cheia, redonda e brilhante! Nas noites de lua cheia quase não durmo. Quero ficar acordado, de olhos bem abertos, pois tenho a sensação de que alguma coisa mágica sempre pode acontecer.

O que mais gosto de fazer à noite?
Ah... essa resposta vai ficar para mais tarde ou para amanhã!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

E a história continua...

Gosto de subir até o pico da árvore, principalmente quando está florida, para espiar a casinha do joão-de-barro, uma verdadeira obra arquitetônica!

Gosto de comer o lanche-surpresa que Mariana leva especialmente para mim, sempre que pode. O que é? Alguma rosa que ela apanha escondido. Adoro rosas! Adoro! Começo comendo o miolinho, depois o cabinho e deixo as pétalas para o final. Só Mariana faz isso, pois as outras pessoas, quando se lembram, só me dão rosas murchas, de pescoço caído...
Ah, esqueci de dizer que a surpresa fica por conta da cor da flor. As vermelhas são uma verdadeira maravilha para o meu paladar.

Gosto de brincar com as outras aves que aparecem por ali, e faço isso nos galhos mais altos das árvores, só para evitar a intromissão de quem? De quem? Da enxerida da Filó, claro!

Gosto de tirar outro cochilo, empoleirado no braço da minha dona, quando todo mundo já comeu, já brincou, já correu e só quer saber de se deitar na grama para descansar.

Gosto de chegar em casa, de noitinha, voltar para o meu poleiro, esperar o jantar e, então, dormir um pouco até a meia-noite chegar.

Depois... Depois eu só vou contar amanhã de manhã!...

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A história de Chico Rosa (continuação)

Gosto de ouvir o Galo Prado cantar quando o sol ainda está se espreguiçando e o dia apenas começando. E gosto tanto, que até já aprendi a imitar o seu cocoricó direitinho.

Gosto de ver os animais e as pessoas acordarem, movimentando a vida da casa e da fazenda.

Gosto de tomar o meu café da manhã: uma mistura de sementes de girassol, amendoim com casca e frutos secos variados. Hum... Só de falar me dá água no bico!

Gosto de ficar olhando o pessoal da roça preparando a terra, plantando e, depois, colhendo café, milho, cana, feijão, dependendo da época do ano.

Gosto quando chega meio-dia e todos param para almoçar, inclusive eu: pedaços de espiga de milho verde, tirinhas de coco fresco, batata-doce cozida e maçã. Um verdadeiro banquete, que eu posso repetir todos os dias sem enjoar.

Gosto de tirar um cochilo depois do almoço, para repor o sono que nunca é suficiente durante a noite.

Gosto de acordar, depois desse cochilo, com o movimento das crianças preparando um piquenique: a cesta grande, com uma tampa de cada lado, a toalha xadrez e a comida. O que elas levam para lanchar? Bolo, sanduíches, suco, não importa. Bom mesmo é o sabor do passeio.

Gosto de acompanhar as crianças, o gato Mio e Filó (que até se esquece de cismar comigo, de tão alegre que fica), até a paineira que fica perto de um córrego bem rasinho.

Ainda gosto de muita coisa, que só vou contar amanhã de manhã...

A história de Chico Rosa (contada pelo próprio)

Quero começar esclarecendo que meu nome não é Gagá. Foi Filó, a "linguicinha" aqui de casa, que nunca mais foi "salsichinha" depois que teve a primeira cria, quem me deu esse apelido, porque cismou comigo desde que me conheceu.
Vive dizendo que pareço um velho ranzinza, mal-humorado, um verdadeiro gagá. E, quanto mais eu reclamava, mais ela enchia minha paciência. Por isso achei melhor ignorar o fato e simplesmente não responder quando alguém me chama de Gagá.
Meu nome, de uma vez por todas, é Chico Rosa. Mas também costumo atender quando alguém me chama carinhosamente de Lourinho.

Para começar, quer saber do que eu gosto?
Mais da noite que do dia, com certeza. A noite misteriosa me encanta, me fascina! Tanto assim, que passo a maior parte dela acordado.
Mas isso não quer dizer que eu não goste do dia, da luz do sol. Claro que gosto. E sabe o que mais gosto de fazer durante o dia?

Mais tarde eu conto. Agora vou parar para tomar o meu café da manhã.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Uma história de papagaio


Amanhã começarei a postar uma história que escrevi há algum tempo, mas que continua inédita até hoje.
O personagem principal é um papagaio, que passou a se chamar Chico Rosa, em homenagem ao lourinho da família Porto.
Vocês vão conhecer a família do Chico da história, vão saber das coisas que ele mais gosta e das coisas que ele odeia...
É a história de um papagaio muito especial, que têm algumas afinidades com o nosso Chiquinho.
Tomara que vocês gostem de ler tanto quanto eu gostei de escrever!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

domingo, 1 de novembro de 2009

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Por que Chico "Rosa"?
















As amarílis




Amarílis: erva bulbosa, amarilidácea, e sua flor.
(Miniaurélio)

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Chico Rosa


É o lourinho mais lindo, mais charmoso, mais especial, um pouco temperamental, brincalhão, fala, assobia e canta, em vários tons e timbres, repete "Tina, Tina, Tina", em voz de soprano, sempre que vou visitá-lo, na casa do meu irmão...
Adora comer rosas e outras tantas flores -- para ele, um fino banquete --, gosta muito de café com miolo de pão ou carolina (aquele biscoitinho redondo, oco, coberto com açúcar), pela manhã, adora pinhão cru -- passa horas entretido, tirando sua casca para comer o frutinho --, adora coco, milho na espiga, bolos em geral, maçã, jiló, além, claro, das sementes de girassol, misturadas com frutos secos, que seu dono não deixa faltar.
É a alegria da casa, principalmente por volta das 5 da tarde, quando tem um pique de energia e dá uma "palhinha" de tudo o que sabe fazer.
Sempre canto para ele ouvir, pois a expressão do seu rostinho me diz que isso o agrada muito.

Amo você, meu Chiquinho! Com amor eterno e infinito!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O nascimento das amarílis

Desculpem, sei que exorbito! Mas eu não aguento não falar de flores! Só quero que vocês acompanhem comigo o desabrochar dos quatro botões sustentados pela mesma haste.



Uma figurinha carimbada!







Hoje e amanhã só vai dar você, Chico!
Primeiro algumas fotos, depois algumas histórias desse papagaio queridíssimo que pertence ao meu irmão, Zé Márcio. E, por isso mesmo, um dileto membro da família Porto.



sexta-feira, 23 de outubro de 2009

A Morada das Flores...





... exuberante,
em plena primavera!










quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Os trilhos da saudade...

_ Está com dor, Serafina? Dor de cabeça, de barriga? O que foi que você comeu no almoço?

_ Hã? Dor? Almoço? Hum... que fome! Não, seu Nonô, não se preocupe. Acabei pegando no sono quando o senhor começou a imitar o barulho do trem e sonhei com um cavalo mágico, que se assustou com um espantalho horrível e me derrubou. Se eu acordei falando em dor, deve ter sido a dor do tombo do sonho, só isso.
_ Ah, então fomos dois, Serafina, pois eu também acabei tirando um bom cochilo. E acordei sem dores, mas com fome... Que tal a gente interromper a contação de histórias para fazer um bom lanche?
_ Ótima idéia, seu Nonô! Ótima idéia!

Depois do lanche, que mais lembrava uma refeição...
_ Que delícia, seu Nonô! Este nosso lanche mais parecia um daqueles cafés da tarde no sítio dos meus avós. Tiana é a melhor quituteira que conheço! E a vó Rita, então, faz uma espécie de sonho frito, que fica oco por dentro, macio feito paina, que vem mergulhado em uma calda feita com água de laranjeira. Além de deliciosíssimos, ficam um pouquinho perfumados, o senhor acredita?
_ Claro que acredito, Serafina. O perfume da flor da laranjeira é inebriante! E me faz lembrar de muitas histórias, além daquela sobre as noivas, que já lhe contei.
_ Pois então, a gente pode dar uma parada, para refrescar a memória, e marcar outra sessão de histórias, daqui a algum tempo. O que o senhor acha?
_ Acho ótimo, Serafina. Muito mais que a sua, a minha memória precisa de muito refresco...

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Os trilhos da saudade e dos sonhos

_ Saudades do perfume das flores de sua mãe, seu Nonô? Que bonito...
_ Ah, saudades de tudo, minha filha! Do barulho do trem, que passava perto... Que vontade de fazer uma viagem nele, meu Deus, que vontade de correr o mundo pelos trilhos do trem! Nem que para isso eu tivesse que trabalhar como maquinista! Quando ouvia aquele apito grave
-- fooooooooom! -- ... Está me ouvindo, Serafina? Bem, quando eu ouvia...

... Quando ouvia o apito do trem, chamava por Pégaso, meu cavalo que não precisava de asas para ser mágico, e íamos atrás dele, os dois, só pelo prazer de ultrapassá-lo rapidinho e acenar para quem estava dentro. Nosso passeio era por outros reinos, desconhecidos dos simples mortais, verdadeiros paraísos do planeta, onde só nós dois podíamos entrar. Eram cascatas e mais cascatas, aves raras, animais selvagens e plantas carnívoras, que não nos atacavam, nunca, flores exóticas, vitórias-régias que se abriam e fechavam quando a gente passava, em um solene cumprimento...
Mas sabe a única coisa que conseguia assustar meu cavalo e quebrar seu encanto, por algumas horas? Algum espantalho, acredite se quiser! Pégaso parava, relinchava, abaixava, para que eu pudesse descer, e começava a andar de ré, até sumir na imensidão!
Uma vez, ele deu de cara com um espantalho tão feio, mas tão feio, que saiu em disparada, sem me dar tempo de descer! Que tombo, meu Deus, que dor!...

_ Dor, Serafina? Mas o que foi que aconteceu?

(continua na próxima postagem)

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Será o Benedito?

(Mais uma história do seu Nonô...)

Sabe do que me lembrei agora, Serafina?
Das procissões na fazenda. Se as águas de março demoravam, era a procissão do dia 19, para pedir chuva e colheita farta a São José. Nos meses de junho, então, eram as rezas para Santo Antônio, nos dias 11, 12 e 13, a festa junina, sempre na noitinha do dia 23, véspera de São João, e a procissão para São Pedro, no dia 29, que culminava com a queima de fogos.
Mas a maior festa religiosa da fazenda, Serafina, acontecia no último fim de semana de setembro, em homenagem a São Benedito. Como devotos do santo negro, que foi cozinheiro, os donos da fazenda mandaram erguer uma capela para ele. Era pequena, singela, mas muito bonita!
Eram três dias de festança esperados o ano inteiro! Começava na sexta e acabava no domingo à noite. E vinha gente de toda a redondeza para participar da quermesse, do leilão, dos comes e bebes, do cururu, uma espécie de dança de roda, com música feita na base do desafio, e do baile, um verdadeiro arrasta-pé, onde se dançava de tudo, até o raiar do sol do domingo.
A parte da decoração da capela e do barracão da quermesse ficava sempre por conta da minha mãe, que caprichava nos arranjos das flores que colhia nos canteiros que ela mesma cultivava. E tinha um ciúme danado deles, Serafina!
Até a nossa casa, me lembro como se fosse hoje, até a nossa casa ficava florida em época de festa.
Tenho saudades até do perfume das flores da minha mãe...

domingo, 18 de outubro de 2009

Um ótimo domingo...





Todos esses que aí estão
Atravancando o meu caminho
Eles passarão...
Eu passarinho!

Mario Quintana





... na companhia do nosso queridíssimo Mario Quintana, começando pelo charmoso e original Café Santo de Casa, situado no sétimo andar da Casa de Cultura que leva o nome do escritor e percorrendo, depois, com serena emoção, o interior do edifício, antigo hotel onde ele viveu durante muitos anos. Tudo isso em Porto Alegre, às margens do Guaíba.