quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A história de Chico Rosa (continuação)

Gosto de ouvir o Galo Prado cantar quando o sol ainda está se espreguiçando e o dia apenas começando. E gosto tanto, que até já aprendi a imitar o seu cocoricó direitinho.

Gosto de ver os animais e as pessoas acordarem, movimentando a vida da casa e da fazenda.

Gosto de tomar o meu café da manhã: uma mistura de sementes de girassol, amendoim com casca e frutos secos variados. Hum... Só de falar me dá água no bico!

Gosto de ficar olhando o pessoal da roça preparando a terra, plantando e, depois, colhendo café, milho, cana, feijão, dependendo da época do ano.

Gosto quando chega meio-dia e todos param para almoçar, inclusive eu: pedaços de espiga de milho verde, tirinhas de coco fresco, batata-doce cozida e maçã. Um verdadeiro banquete, que eu posso repetir todos os dias sem enjoar.

Gosto de tirar um cochilo depois do almoço, para repor o sono que nunca é suficiente durante a noite.

Gosto de acordar, depois desse cochilo, com o movimento das crianças preparando um piquenique: a cesta grande, com uma tampa de cada lado, a toalha xadrez e a comida. O que elas levam para lanchar? Bolo, sanduíches, suco, não importa. Bom mesmo é o sabor do passeio.

Gosto de acompanhar as crianças, o gato Mio e Filó (que até se esquece de cismar comigo, de tão alegre que fica), até a paineira que fica perto de um córrego bem rasinho.

Ainda gosto de muita coisa, que só vou contar amanhã de manhã...

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