sexta-feira, 1 de maio de 2009

E maio chegou!

Neste primeiro dia do mês de maio, selecionei algumas frases cuja autoria é atribuída a um de nossos grandes homenageados de abril, William Shakespeare.

"A verdade ama a linguagem rude."

"A suspeita muitas vezes dana mais que a convicção."

"É do espinho do perigo que se colhe a flor da segurança."

"Os homens deveriam ser o que parecem ou, pelo menos, não parecer o que não são."

"Lutar pelo amor é bom, mas alcançá-lo sem luta é melhor."

" Quando fala o amor, a voz de todos os deuses deixa o céu embriagado de harmonia."

"Não existe arte que ensine a ler no rosto as feições da alma."

"O silêncio é o mais eloquente arauto da alegria. Pequena seria a minha felicidade se eu pudesse dizer o quanto ela é grande."

quinta-feira, 30 de abril de 2009

William Shakespeare

Considerado o maior dramaturgo de todos os tempos, com obras publicadas e traduzidas para as mais variadas línguas, Shakespeare escreveu mais de 38 peças, 154 sonetos e outros tantos poemas de significativa expressão.
Romeu e Julieta, Sonho de uma noite de verão, Megera domada, O mercador de Veneza, O rei Lear, Otelo e Hamlet são algumas de suas peças mais conhecidas.
Seus textos fizeram, fazem e, com certeza, sempre farão muito sucesso pois tratam de temas atemporais, inerentes à condição humana, como os sentimentos, em geral, e o amor, em particular, relacionamentos afetivos, questões sociais e políticas, entre outros.
O dia de seu nascimento, 23 de abril, acabou sendo tradicionalmente aceito, com base nos registros do seu batizado, que ocorreu no dia 26 do mesmo mês, no ano de 1564. Como naquela época o índice de mortalidade infantil era muito alto, o costume era batizar as crianças 3 dias depois do nascimento.
Foi também no mesmo dia do ano de 1616 que Shakespeare partiu, deixando à humanidade um legado dos mais preciosos: sua magnífica obra, de valor incomensurável.

O Pizindim da avó

Nascido também em um 23 de abril, este nosso querido flautista, saxofonista -- suas interpretações magistrais como instrumentista ficaram gravadas na história da música brasileira -- compositor, cantor, arranjador e regente (!!!), o "menino bom" da avó Edwiges, merece toda a nossa consideração, nosso carinho e respeito.
O nome artístico Pixinguinha veio de pizindim bexiguinha, pelo fato de ter ficado com o semblante marcado pela varíola que o acometeu.
Autor de Carinhoso, Lamento e Rosa, entre outras inúmeras composições, Pixinguinha nasceu e viveu seus 86 anos na cidade do Rio de Janeiro.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Uma carta da Espanha! (continuação)

Fiquei um bom tempo olhando para cada foto, cada moinho, cada paisagem, desligada do resto do mundo! E tudo aquilo que estava brilhando no papel passou a brilhar de verdade. Comecei a correr, encantada, de um lado para outro, sob um céu azul do tom das portas e janelas das casinhas com paredes brancas.
Depois de não sei quanto tempo, meu ritmo foi diminuindo, meus passos foram ficando curtos e teimavam em me levar na direção de um moinho grande, que eu tinha escolhido como o mais bonito de todos!
Foi então que alguém me tirou do chão, com muito cuidado, deu um soprão nas minhas costas e me depositou sobre uma das pás do moinho. Quando me senti "grudada" nela, me dei conta de que o soprão tinha funcionado como um ímã.
As mesmas mãos que me levantaram deram um impulso leve nas pás, que começaram a girar lentamente. E eu me transformei nos ponteiros de um grande relógio-moinho que não marcava as horas nem os minutos... Marcava, sim, as batidas do meu coração, e isso me dava uma sensação muito boa, muito gostosa, além de me fazer ver tudo mais bonito!
Quando ouvi o relinchar de um cavalo, tive a certeza de que tinha sido "ele".
E continuei a girar, lentamente, sentindo o ritmo do meu coração.

(continua...)

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Aviso

Voltei só para avisar que na semana que vem, a primeira de maio, eu e Cris Porto voltaremos a falar sobre a brincadeira das adivinhações. Aguardem, por favor.
Um beijinho, Serafina

Uma carta da Espanha! (continuação)

Pois é. E o que aconteceu foi que seu Arturo sabe contar as histórias de um jeito tão, tão apaixonado, parece até que está representando um papel no palco, que no fim eu já não sabia dizer se tudo tinha acontecido de verdade ou era só invenção da cabeça do seu Miguel.
Mas depois achei que isso não tinha importância. O caso era que eu também tinha ficado apaixonada pela figura de D. Quixote, e já conseguia enxergá-lo atravessando a Espanha, montado em seu cavalo, Rocinante (achei tão lindo esse nome, combina tanto com cavalo!), na companhia do seu fiel escudeiro, Sancho Pança.
No meio de tantas aventuras que seu Arturo teve tempo de me contar, a que mais me impressionou foi a dos moinhos de vento: D. Quixote enxergou gigantes no lugar de moinhos, e partiu para a luta, com a cara e a coragem!
E deixou Sancho falando sozinho:
_ Não são gigantes, D. Quixote, são moinhos!

Agora, aqui estou eu sentada no chão do meu quarto, com este montão de fotos dos moinhos vistos por todos os lados, por dentro e por fora. Meu livro está em um lugar de destaque na estantinha da parede. Só dei uma olhadinha, virei as páginas, sem lamber o dedo, para não estragar o papel, e guardei bem guardado. Sinto como se fosse um tesouro vindo da Espanha!
Dúvidas, já não tenho., quero dizer, esse homem, um valente e sonhador cavaleiro, existiu. Acredito nisso até que alguém me prove o contrário.
A partir de agora ele vai fazer parte da minha vida.

(Continua no próximo capítulo; já estou ficando com fome, já passou do meio-dia, e depois do que vi hoje, quando fui reler o que tinha escrito, quase morri de tristeza: Espanha começada com letra minúscula, e um "nem" sem o ene, ficou "em sei quantas vezes." Daí concluí que a fome também é inimiga da perfeição, assim como a pressa. A pressa da fome, então...)

domingo, 26 de abril de 2009

A foto esquecida

É isso que dá fazer as coisas com a pressa da fome...

Presentão!

Só voltei para dizer que quem me mandou este presente ma-ra-vi-lho-so foi Mara, filha do seu Arturo, quando soube que eu estava apaixonada pela história de D. Quixote. São dois bonecos, tipo marionete, um do Cavaleiro e outro do seu Escudeiro (falei assim para rimar mesmo...).
Vai dar para brincar de teatro! E daí, muito mais gente vai ficar conhecendo um pouco das histórias que Miguel de Cervantes nos deixou de presente!!!
Pedi a Julinha, minha amiga, para tirar uma foto com a câmara digital que ganhou da tia, mas a foto não ficou muito boa. Eu nem falei nada, pois foi um favor e tanto, mas acho que ela ainda não tem muita prática.
Foi um dos presentes mais lindos que já recebi até hoje, ainda mais porque chegou pelo correio e de surpresa!!!
Agora chau, mesmo, que minha comida já deve ter esfriado. Minha mãe já me chamou em sei quantas vezes!

Uma carta da Espanha!

Minha querida Serafina:

Aí estão as fotos que lhe prometi. Consegui passar dois dias em Campo de Criptana, terra dos Moinhos, e dali aproveitei para dar uma chegada em El Toboso, cidade onde viveu Dulcinéia, amada do nosso D. Quixote.
Nem sei quantas fotos tirei, quantos filmes mandei revelar. Com medo de que não me saíssem bem, fui tirando, tirando, tirando fotos, feito um doido, pois, confesso, a proximidade dos moinhos me tirou completamente do sério...
Mando também uma edição do livro mais apropriada para sua idade, D. Quijote para niños. Só não consegui encontrar em português, mas com a ajuda do nosso amigo Nonô, você vai entender com facilidade, estou certo. Que sua cabecinha quixotesca faça o melhor proveito possível de tudo!
Mande um abração ao meu amigo Nonô -- com certeza você vai ver as fotos com ele -- e, para você, a esperança de um novo encontro aqui, em terras da Galícia, ou aí, neste Brasil que me deixou tantas marcas.
Receba um beijo carinhoso de
Arturo

PS: se quiser conhecer o famoso Caminho de Santiago, ou parte dele, claro, é só me avisar. Nossa cidade, A Estrada, fica encostadinha a Santiago de Compostela.


Nem sei quantas vezes li e reli essa carta que o seu Arturo me mandou de Madri, onde estava passando uns dias com sua filha Mara, seu genro Juan e seus netos, María e Pablo.
Homem de palavra esse seu Arturo! Disse que ia me mandar o livro e as fotos sobre o caminho de D. Quixote e mandou mesmo!
Bem, foi esse senhor espanhol, conhecido de seu Nonô dos seus tempos de bonde, que me apresentou o mundo de D. Quixote, seu fiel escudeiro, Sancho, seu cavalo, Rocinante, suas aventuras, suas loucuras, seus amores, seus sonhos...
Primeiro, contou algumas das histórias que já tinha lido no livro escrito por Miguel de Cervantes. Grosso que só vendo! O livro mais grosso que já tivemos, pois ele deixou com seu Nonô, de presente, e disse que ia me mandar uma edição mais resumida, para crianças, quando chegasse à espanha. Eu disse "tivemos", pois seu Nonô sempre divide comigo o que têm de mais bonito e mais gostoso...

(Continua no próximo capítulo, pois hoje é domingo, quase meio-dia, e eu já estou com o estômago roncando de fome.)