sábado, 11 de julho de 2009

Com bonecas, com afeto...

Este é o começo de uma coleção de bonecas artesanais, que pretendo fazer crescer muito ainda.
A maioria foi trazida de vários lugares do norte/nordeste por mim já visitados.
Outras estão impregnadas do afeto de pessoas queridas. Todas igualmente significativas.
Só ficou fora da foto uma "três em um", emprestada para a filha de uma amiga. É a Chapeuzinho Vermelho que, virada de cabeça para baixo, mostra a vovozinha, com outra roupa, da qual faz parte uma touca. Suspendendo a ponta da touca, a vovó passa a ter a cara e orelhas de um lobo, cuja aparência não consegue assustar ninguém...
Essa e outras quatro saíram das mãos de fada da querida Dona Cida, bonequeira de Montes Claros, Minas Gerais, que exerce sua arte à perfeição!
Onde quer que a senhora esteja, dona Cida, receba meu abraço muuuuito apertado!

domingo, 5 de julho de 2009

O coração do cacho

Vejam só o tamanho do coração deste cacho de banana! As frutas ainda vão crescer bastante antes de se tornar uma deliciosa sobremesa: banana frita com açúcar e canela. Hum...
Vocês já experimentaram?
Bom fim de domingo a todos!

Reminiscências

Dentro de mim... Tietê!
(Que infância feliz!)

Velho Pátio do Mercado,
tão grande e acolhedor.
Nele, o nosso casarão:
porta aberta, entrada franca,
carta aberta à liberdade
do quintal ao Porto Geral.

O Sobradão, bem ao lado,
em meus sonhos de menina
era um castelo encantado!
Já a casa de Nh'Anica,
um castelo assombrado!
A bruxa brava era boa
(adorava uma broa),
e a poção do seu caldeirão,
com pó de pirlimpimpim
e muita migalha de pão,
só fazia aumentar
a magia do Sobrado!

Raul e seu violão,
nosso ébrio companheiro...
Ataliba, em aparição,
misterioso cavaleiro!

Zaqueu e seu megafone,
Gustavo, Zezinho Fogaça,
Nhô Cá e seu cadilaque,
Ámoce e seu cobertor,
Nhô Lau e seu trabuco...
Não são nomes, já são lendas,
meus sonetos sem emendas.

O lado de cá do rio
tinha o Pátio, o Porto, a Praça.
Do lado de lá da ponte,
alcancei a Bela Vista.
E foi de lá que enxerguei,
foi de lá que percebi
a amplitude do horizonte!

Nessa simples travessia,
uma grande descoberta:
o mundo era enorme, imenso,
muito maior que o Sobrado!
E, como o meu casarão,
tinha a porta sempre aberta!