domingo, 30 de maio de 2010

Marcelo Tupinambá


Filho de Eduardo Lobo, regente da Banda Santíssima Trindade, de Tietê, e sobrinho do maestro Elias Lobo, Fernando Lobo (que assumiu o nome artístico citado no título da postagem), nasceu nesta cidade, em 29 de maio de 1889 e faleceu em São Paulo, no dia 4 de julho de 1953.
Desde criança revelou inclinação para a música, aprendendo piano de ouvido e, mais tarde, violino com Savino de Benedictis.
Em 1907, com apenas 15 anos de idade, apresentou-se em várias cidades do interior paulista, acompanhando ao piano o célebre flautista Patápio Silva. Nessa época, já vivia na capital, onde cursou a Escola Politécnica de São Paulo. Formado engenheiro civil em 1916, exerceu a profissão até 1923, quando uma doença dos olhos o obrigou a desistir da carreira. Foi então que passou a dedicar-se inteiramente à música, escrevendo peças de caráter popular e erudito.
Musicou poemas de Vicente de Carvalho, Guilherme de Almeida, Manuel Bandeira, Olegário Mariano, Coelho Neto, entre outros, inclusive seu conterrâneo, Ariovaldo Pires, o Capitão Furtado.
Firmou-se como autor de melodias de inspiração sertaneja; suas composições foram publicadas por editoras paulistas e divulgadas, inicialmente, através do teatro musicado.
As revistas Cenas da roça e Flor do sertão, ambas de Arlindo Leal, incluíram êxitos como Tristeza de caboclo (com Arlindo Leal) e Maricota, sai da chuva.
Suas músicas foram gravadas pelos mais conhecidos cantores da época, como Francisco Alves, Gastão Formenti e Vicente Celestino; cantoras de destaque, como Bidu Saião, interpretaram canções suas em salas de concerto.
A Casa de Cultura de Tietê guarda, com respeito e carinho, o violino do compositor.

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