Se eu tivesse meus 7, 8 anos, teria colhido todas essas rosas do meu jardim, arrumaria todas elas em um lindo ramalhete e provavelmente já estaria pronta para ficar na fila que se formava na porta da Igreja Matriz, durante todos os dias do mês de maio.
Na certa, teria que dar uma ou outra para alguma criança que sempre chegava de mãos abanando, enquanto esperávamos ansiosos que a porta da igreja se abrisse, na hora da ave-maria.
Quando finalmente conseguíamos ver no fim do corredor que levava ao altar-mor a imagem de Nossa Senhora, a emoção tomava conta de todos e a solene cerimônia tinha início.
Em frente à imagem ficava uma caixa de papelão, forrada com papel de presente, onde cada um depositava sua flor com o máximo cuidado possível. Uma sensação inefável!
Desde que voltei a Tietê, fiz minha coroação de maio da minha casa, de olhos fechados. Hoje, no entanto, posso levar as flores até a igreja, pois abri os olhos e vi que já tenho um lindo jardim.
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